Oposição trabalha para pôr fim a obrigatoriedade do imposto sindical
28 de fevereiro de 2024Vinícius Schmidt/MetrópolesPor: Walter Azzolini | 28/02/2024 11:14
Parlamentares da oposição comemoraram, nos bastidores, as conversas com o governo Lula para substituir a portaria que veta trabalho aos domingos por um projeto de lei mais amplo que poderá rediscutir o imposto sindical.
Na visão de deputados federais contrários à volta do imposto, um projeto de lei entregará para o Congresso Nacional, em pleno ano eleitoral, a possibilidade de impedir qualquer contribuição compulsória aos sindicatos.
A ideia da oposição é, assim que o projeto for apresentado, modificá-lo para deixar claro que a contribuição será cobrada apenas de trabalhadores sindicalizados e não será imposta de forma alguma do restante da população.
Acordo em reunião
Em reunião na terça-feira (27/2), representantes do governo Lula deixaram implícita a vontade de discutir o retorno de algum tipo de imposto compulsório no projeto de lei que deve ser enviado em breve à Câmara.
O projeto, explicam deputados presentes na reunião, teria a função de trazer a discussão para o público. Na visão de governistas, a proposta permitiria explicar à população as vantagens de se financiar sindicatos.
A ideia do governo é fixar no projeto algumas obrigações aos sindicatos e usá-las para justificar o retorno de um imposto para financiar as entidades trabalhistas e patronais.
Parlamentares contrários ao imposto dizem que não se opuseram à ideia do projeto por terem confiança de que terão maioria no Congresso para vetar a volta do imposto sindical.
A reunião sobre o assunto na terça contou com a presença de parlamentares e dos ministros do do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ambos do PT.
Representantes de centrais sindicais, como a UGT (União Geral dos Trabalhadores), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical também participaram do encontro. (Metropoles)