MS fará encontro com governadores e empresários da Bioceânica

MS fará encontro com governadores e empresários da Bioceânica

23 de setembro de 2024 0 Por lideranca

Evento será em fevereiro, envolvendo os quatro países sul-americanos 

O Governo do Estado reunirá, em fevereiro do ano que vem, autoridades e empresários dos quatro países envolvidos na Rota Bioceânica para falar dos desafios e possibilidades que o caminho abre. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação publicou hoje a criação de um grupo de trabalho para organizar o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico.

O governador Eduardo Riedel participa de um fórum com outros sete governadores de províncias, sendo 3 do Paraguai, 2 da Argentina e dois do Chile. As estradas da Rota seguem avançando em ritmo acelerado no lado paraguaio e o desafio brasileiro é realizar um contorno de 13 quilômetros em Porto Murtinho, para o acesso brasileiro ao caminho, por meio da ponte sobre o Rio Paraguai que dá acesso a Carmelo Peralta. Essa obra tem previsão de ficar pronta em 24 meses.

Hoje, a ministra do Orçamento e Planejamento Simone Tebet divulgaria o projeto que a União elaborou, contendo cinco rotas, entre elas a Bioceânica, na UEMS. Na sexta-feira ela falou a empresários da indústria na sede da Fiems. Conforme disse, era preciso aproveitar o prazo da obra do contorno para as mobilizações necessárias para aproveitamento do potencial a surgir com o caminho rumo ao Chile e a portos no Pacífico para exportações à Asia, como envolvimento de prefeituras, criação de cursos superiores e técnicos para as demandas que aparecerão.

Consórcio de empresas já montou canteiro de obras par ainiciar o contorno, faltando desapropriação de áreas

China e Ásia – No evento de sexta, o titular da Semadesc, Jaime Veruck, mencionou que o norte da Argentina e Paraguai devem ter impulso considerável com a criação da Rota. Ele vê para Mato Grosso do Sul a possibilidade de surgimento de um hub de logística na região sudoeste, para distribuição de produtos para exportação e oriundos de outros países.

A China é o grande cliente do Estado, consumindo 62% dos produtos daqui, como carnes, grãos e minério. A existência da Rota, que encurtará distâncias em mais de dez dias e barateará fretes, pode abrir mercados em outros países asiáticos, acredita Verruck.

Ele mencionou que o projeto envolve o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), citou reunião recente em Antofagasta, uma das cidades chilenas com porto, que despertou interesse de centenas de empresários, e destacou a importância de prefeituras estarem sintonizadas e se prepararem para o impacto que sofrerão. Verruck lembrou que autoridades já estão dedicadas ao que a Bioceânica representa e é preciso envolver mais entidades representativas do setor privado.

Nos eventos de fevereiro, deverão ser discutidos temas como oportunidades, desafios, impactos, comércio e infraestrutura, acordos alfandegários para otimizar a rotina da passagem de pessoas e produtos e questões sociais.

Para Verruck, a Rota não pode ser vista somente como um eixo para exportações e importações, mas também como caminho de integração para os países sul-americanos e fator de desenvolvimento local, com oportunidades às pequenas empresas que estiverem no trecho.

– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS