Com 1,2 mil focos de incêndio, moradores de Corumbá convivem há 13 dias com fumaça intensa
17 de junho de 2024Instituto pede doações de água mineral, nebulizadores, máscaras e soro fisiológico para famílias ribeirinhas
Desde o dia 4 de junho, moradores de Corumbá, cidade a 425 km de Campo Grande, convivem com a fumaça de incêndios florestais no Pantanal. O .241 focos de queimadas em 2024 município registra 1, sendo o primeiro no ranking nacional de focos por cidade, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Já são mais de 10 dias convivendo com a fumaça, que esse ano chegou muito mais cedo. Os incêndios florestais ocorrem em período mais crítico entre julho e setembro, porém são 1.269 focos no Pantanal em 16 dias de junho.
Enquanto brigadistas estão em campo tentando combater as chamas, a população sobrevive em meio a fumaça. “Basta achar um local que visualize o Pantanal e o horizonte está vermelho, queimando. Na cidade é fuligem caindo sobre casas, carros, sujando tudo”, conta o fotógrafo de natureza Guilherme Giovanni.
A situação é ainda pior para ribeirinhos, que vivem em meio aos incêndios. A Acaia Pantanal, em parceria com a Cufa (Central Única das Favelas) de Corumbá, está realizando uma campanha de arrecadação de alimentos, água mineral, nebulizadores, máscaras e soro fisiológico.
“Tem quase uma semana que ele não dorme, por causa da fumaça, que veio em cima de nós. Muito difícil esse mundo de fogo que teve aqui, tudo queimado e a gente sofrendo na fumaça”, afirma uma moradora ribeirinha. Recentemente uma família precisou ser resgatada em meio ao fogo.
A prefeitura de Corumbá foi questionada sobre o possível aumento de atendimentos médicos devido à inalação de fumaça e afirma que inda não houve impacto significativo no atendimento da Rede Pública de Saúde..
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